Escritos
uma introdução à ineconomia
Revista Traço, SP-Arte, 2020
Neste ensaio especulo sobre a ideia do artista como produtor "autônomo" e as implicações desse papel para o sistema da arte como um todo.
Tomo a obra Trabalhadores da Arte como ponto de partida para perguntar, entre outras coisas: qual é, ao certo, o verdadeiro lugar da arte na organização do mundo do trabalho? Ou, de maneira ainda mais intuitiva: o que entendemos exatamente por obra na expressão obra de arte?

parem a competiçÃo já
Revista Select, Abril 2020
Artigo escrito em colaboração com Flora Leite sobre a pressão de produtividade na arte durante a quarentena do coronavirus. Os autores se valem da interrupção extraordinária das atividades para refletir sobre a suposta “normalidade” do meio da arte.
E formular questões simples sobre práticas naturalizadas no passado, como: era mesmo necessário produzir tanto? Expor tanto? Expor-se tanto? Mas também para nos projetarmos no futuro, nessa já tão antecipada “retomada”: ao final da quarentena, o quanto essas dinâmicas de visibilidade terão corroborado uma capitalização da tragédia que vivemos? E, neste caso, a quem terão beneficiado? E a quem não terão?
não conheço fins de semana: diário de um turista em viagem de trabalho
Revista virtual Ao Largo, RJ, ano 2018-2 - Ed. 7
O presente texto pode ser lido como o diário de uma residência artística no Lugar a Dudas, em Cali, Colômbia, no início de 2016. Durante a residência, meu projeto era ler em apenas quatro semanas o essencial da literatura de ficção escrita por autores locais, tendo a cidade como cenário.
A pesquisa resultaria, posteriormente, em um ensaio visual publicado na Revista Serrote #25 (Instituto Moreira Salles), intitulado Todos os pontos de interesse literário na cidade de Santiago de Cali, Colômbia, segundo livros de ficção de autores locais.


Isto não é um diário, é um relógio
Jornal Nossa Voz #1018 - Futuros Possíveis, Dezembro 2017
Neste breve ensaio volto ao meu primeiro caderno preto de capa dura da marca Moleskine, no qual anotei as inquietações que viriam a dar origem à minha produção artística, muitos anos depois. Ali encontro uma entrada em especial que serviria, a uma só vez, como uma resolução, um método e um programa de trabalho para o futuro:
“...essa vontade de levar as ideias a sério, isto é, de levá-las a cabo, ao limite de sua tensão, para ver no que dão, para ver até aonde vão, para além da minha vontade ou gosto.”
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quando o sol se levanta, o sol não se levanta
Catálogo do ciclo de filmes e conferências "Visões da vanguarda"
no Centro Cultural Banco do Brasil, SP, 2017
Transcrição da fala na sessão de filmes sobre a "Reinvenção do cotidiano", com obras de Stan Brakhage, Ernie Gehr, Larry Jordan, ente outros.
Trata-se de uma reflexão "em negativo" sobre o tema, que busca pelas origens históricas e filosóficas por trás de re-valorização do cotidiano no século 20, atestada por diversos artistas e pensadores. Quando foi mesmo, e por que razões, que deixamos de atribuir importância às experiências do dia a dia?
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SINTO MUITO, SENHORA CEZANNE
Revista Ensaia #2, Agosto 2016
O ensaio propõe uma revisão da leitura fenomenológica da obra de Paul Cézanne feita por Maurice Merleau-Ponty, a partir da teoria das “situações icônicas”, desenvolvida pelo filósofo alemão Bruno Haas. Por trás da prática obsessiva de Cézanne, localizo não uma abertura à “natureza primordial” pelo trabalho da percepção, senão uma resposta ao fantasma do maquinário industrial do século 19 e, em especial, do aparelho fotográfico.
É também um olhar retrospectivo sobre meu mestrado em filosofia da arte, defendido em Paris no já longínquo ano de 2011. Tento ai, não somente acertar as contas com aquela dissertação e seus personagens; mas também perguntar-me porque, passados esses anos, parece-me ainda tão importante falar de Cézanne.
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2 Traduções
Revista Concinnitas Ano 16, volume 02, número 27, dezembro de 2015 & Ano 15, volume 02, número 24, dezembro de 2014


not to cut a long story short
Cidades Perdidas, Deep editora, 2016
Posfácio ao livro "Cidades Perdidas", de Lucas Cureau. Lê-se como um testemunho pessoal da feitura do livro, que acompanhei de perto ao longo dos anos em que vivemos juntos como estudantes em um apartamento em Paris.
A partir de nossas experiências compartilhadas, traço um paralelo entre o que Lucas chama de a “causa perdida” da poesia e a questão das nossas memórias perdidas, pensando assim o poeta como um arqueólogo, buscando sempre "o que resta” a ser encontrado de um "passado perfeito". Aponto também para o paradoxo próprio a todo projeto arqueológico, onde nunca se sabe ao certo o que é que se encontra e o que é que se inventa, pois é preciso sempre dar sentido aos rastros encontrados.
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o sono louco - quem vigia o vigia?
Poiesis - Revista do Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos da Artes da Universidade Federal Fluminense, n.24.
Combinando métodos de pesquisa acadêmica com prática artística, "O sono louco" investiga meus próprios problemas de sono, por meio de um teste caseiro realizado no período de um mês com um relógio de ponto de vigia noturno do século XIX. Os resultado obtidos pareceram apontar para a existência de um transtorno psíquico transitivo que consiste em uma notável resistência em despertar-se, um problema ainda pouco estudado na passagem entre sono e vigília.
O presente ensaio apresenta uma tentativa de interpretar esse “estudo de caso” em primeira pessoa, com referências à ciência dos sonhos de Freud, às estruturas de dominação do capitalismo industrial e ao amor louco dos surrealistas.


Os passos perdidos
Revista Amarello, ano 06, número 20, 2015
Daniel Jablonski s'entretient avec Pedro França
Octopus Notes, número 03, 2014
Publicação independente francesa semestral, consistindo em uma dissertacão de mestrado em história da arte, uma entrevista e uma obra de arte. Contribuo com uma entrevista bilingue com o artista Pedro França, sobre as transformações institucionais recentes do circuito da arte brasileira, a partir de sua sua experiência como professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e como curador da 29# Bienal de São Paulo (2010).
Essa edição foi lançada na Biblioteca Kandinsky, no Centro Georges Pompidou, Paris, em 25 de junho de 2014.
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Escoras
Blog da 31a Bienal de São Paulo, 2014.
Resposta crítica, em colaboração com Júlio Martins, à apresentação do artista libanês Walid Raad, no contexto do workshop curatorial da 31a Bienal de São Paulo.
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da sutil arte de se fazer ouvir mas não ver
Publicação Agência Transitiva, Ano 1, 2013


Trâmites aduaneiros
Publicação independente, 2014
Ensaio sobre a sobre a obra de Antonio Sobral por ocasião de sua exposição “Força Latente” na galeria DConcept, São Paulo.
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O curador como etnógrafo, o etnógrafo como curador
Publicação Capacete Entretenimentos, 2013
Entrevista com o antropólogo e poeta Pedro de Niemeyer Cesarino, em colaboração com Isabella Rjeille, parte da publicação coletiva realizada no programa Máquina de Escrever, de Capacete Entretenimentos, Sob a coordenação de Amilcar Packer e Manuela Moscoso.
Outros textos e entrevistas por Aleta Valente (RJ) , Douglas de Freitas (SP), Emile Ouroumov (Bulgária / França), Ericka Florez (Colômbia), Fabio Zucker (SP), Isabella Rjeille (SP), Renan Araujo (Ribeirão Preto, SP), Stefanie Hessler (Alemanha / Suécia)


uma utopia contra os recifes
Publicação indepenente, 2012